A inteligência artificial percorreu um longo caminho até chegar aos dias de hoje. O ser humano sempre teve a ideia de criar objetos com inteligência própria, muito antes da inteligência artificial (IA).
Um desses exemplos é conhecido na mitologia grega, com o personagem Talos (gigante autômato de bronze, forjado por Hefesto para vigiar a ilha de Creta), como também na filosofia – segundo indica Bruce G. Buchanan em seu artigo “A (Very) Brief History of Artificial Intelligence – Uma (Muito) Breve História da Inteligência Artificial”.
A História
Para entender sobre como surgiu a Inteligência Artificial (IA) é necessário voltar no tempo, na Segunda Guerra Mundial, onde John Von Neumann e Alan Turing, realizavam a transição dos computadores de lógica decimal para lógica binária, decifrando códigos nazistas.
Formalizaram a arquitetura dos nossos computadores contemporâneos e demonstraram serem máquinas universais, capazes de executar aquilo que é programado. No ano de 1956, em uma conferência sediada no Dartmouth College, John McCarthy criou o termo Inteligência Artificial.
Essa conferência contou com as presenças de Allen Newell (pesquisador da ciência da computação e psicólogo cognitivo), Cliff Shaw (programador de sistemas) e Herbert Simon (economista estadunidense e pesquisador) apresentaram o Logic Theorist (Teoria Lógica), um programa desenvolvido para imitar as habilidades de solução de problemas de um ser humano.
Essa conferência se tornou um verdadeiro divisor de águas e influenciou trabalhos futuros no campo de IA, hoje é vista em soluções de atendimento multicanal, na área financeira, casas, carros, entre outras aplicações.
1956-1974 – A Era de Ouro
Duas décadas após o evento de Dartmouth College foram marcadas por muito entusiasmo, investimentos e avanços científicos.
Mark 1 Perceptron – elaborado por Frank Rosenblatt, em 1965, o primeiro computador capaz de aprender por meio de tentativa e erro graças à aplicação de rede neural.
O primeiro chatbot, ELIZA – elaborado por Joseph Weizenbaum, foi uma demonstração à comunicação em linguagem natural.
1980-1987 – O Boom
Nos intervalos de 1974 a 1980, foi conhecido como “Inverno da IA”, onde ocorreram limitações computacionais, muitos desafios e a escassez de investimentos para pesquisas em Inteligência Artificial.
Graças às inovações nos algoritmos, ampliação das técnicas de deep learning (englobado no contexto da IA, tem como objetivo fornecer informações por diferentes tipos de análises de dados) e aumento nos financiamentos das pesquisas.
Últimas Décadas
Após 1987 houve outro período de inverno para IA, porém, durou pouco e deu espaço a uma série de estudos e conquistas. Veja alguns exemplos:
- Em 1997, vitória do projeto Deep Blue da IBM (supercomputador e software, com 256 co-processadores, capazes de analisar 200 milhões de posições por segundo) contra o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov;
- Em 2016, o programa AlphaGo do DeepMind (inteligencia artificial desenvolvida para jogar Go – jogo de tabuleiro) ganhou as partidas que disputou contra Lee Sodol, anteriormente campeão desse jogo;
- Os chatbots (robôs que conversam) permitem o autoatendimento em sites;
- Assistentes virtuais que nos auxiliam a organizar a rotina;
- Monitoramento de marcas;
- Sugestões de palavras fornecidas nas digitações.
São apenas alguns exemplos, além do nosso dia a dia, que demonstram os avanços contínuos da tecnologia e a IA, além dos esforços dos cientistas e pesquisadores da área de IA.
Do mundo da imaginação, da mitologia, da ficção científica e dos aspectos da vida moderna, a IA percorreu um longo caminho. Contudo, estamos no começo do que há por vir, um futuro de grandes inovações nos aguarda.
Referências: