Foi iniciado o desenvolvimento de um aplicativo que monitora a saúde e rotina das crianças por pesquisadores de 12 instituições financeiras do Brasil e Europa. A função do aplicativo é levantar dados sobre as atividades físicas, batimentos cardíacos, queima calórica e refeições e acompanhar os casos de obesidade.
Com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, por meio da 4ª Chamada Coordenada Brasil–União Europeia, a pesquisa foi enquadrada como um projeto de Internet das Coisas (IoT).
Segundo o Canaltech, já que as crianças são da geração nativa em tecnologia, o projeto quer estreitar a relação de grupo com um aplicativo que controla a saúde. No Brasil, a obesidade afeta uma em cada três crianças em idade escolar, de acordo com o Ministério da Saúde.
As crianças vão gerenciar o seu bem-estar e a mudança de hábitos. O aplicativo também deve oferecer soluções personalizadas para cada caso e informações detalhadas para os pais.
O pesquisador Eurico Vasconcelos, coordenador do projeto Solução Inteligente de Tratamento da Obesidade Infantil por meio do Potencial da Internet das Coisas, diz que haverá um estudo prévio feito por uma equipe multidisciplinar para identificar perfis e possíveis riscos nas crianças estudadas. “As crianças utilizarão um sensor, como um smartband, para coletar dados biomédicos em tempo real, que serão complementados com alguns inputs no aplicativo, identificando perfil da criança e propondo estratégias de mudança de comportamento”, diz Vasconcelos.
Por três anos, o projeto receberá R$ 4,8 milhões do governo brasileiro, por meio da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que utiliza o fundo da Lei de Informática, além de outros 1,5 milhão de euros pelo programa H2020 da União Europeia.
Além disso, o projeto inclui pilotos que serão aplicados no Brasil e na Europa, para coletar dados e comparar semelhanças e diferenças entre as regiões. Essa ideia já tem o apoio da Prefeitura de Fortaleza e do Governo do Ceará.
Para garantir a seguraça de dados e privacidade das crianças, uma equipe do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) vai desenvolver meios de promover a segurança das informações que forem captadas.
Via: Canaltech
